domingo, 29 de julho de 2012

FANFIC = Suddenly

Notas iniciais : -nome froxo, porque acabei de inventar
-desculpa se tiver algum erro, eu nao arrumei tudo.
-isso é só um teste, se eu ver que a fanfic vai ter leitores, vou postar em outro lugar, com banner, sem erros, e tudo o que tem direito.
-lembrem-se de comentar. Se nao comentar, nao tem fanfic
-Boa leitura, obrigada por ler *-*
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CAPÍTULO 1


Isabela Pascuali andava,  ao mesmo tempo que desviava, e dava pequenos empurroes nas pessoas, no grande salão. Vez ou outra erguia-se na ponta dos pés, para enxergar melhor dentre a multidão. Perto de si, estava sua mãe, conversando com três mulheres mais velhas que ela, e que também, ela mal conhecia.
-Com lisença, boa noite. –ela disse sorrindo, quando enfim conseguiu alcançar sua mãe.
Ela sorriu amigavelmente para as três senhoras, e falou disfarçadamente ao ouvido da mãe:
-Não consigo encontrá-la .
-como assim ? – o cochicho em resposta, trazia agonia e desespero.
-procurei-a por todo canto, ela não esta aqui em casa ! – Isa disse, voltando a sorrir para as senhoras, que pouco se interessavam na garota que acabara de chegar e estragar sua conversa, que era provavelmente, da ultima moda dos chapéus em Londres.
-Como sua Irma pôde simplesmente desaparecer da sua própria festa de noivado ? E Cristóvan, onde está ? – a preocupação na voz da mãe de Isa só aumentava.
-Deve estar junto com a Marina – deu de ombros, enquanto dava uma olhada entre as pessoas.
-Procure-a denovo . –sua mãe disse rapidamente, enquanto sumia dentre as pessoas atrás de convidados recém-chegados.
E pela terceira vez, Isa decidiu dar mais uma volta no salão, que sua sala de estar havia se transformado, em prol da festa de noivado de sua Irma-sumida.
Uma velho gordinho, dificultou sua passagem , enquanto adentrava num grupinho de senhores vestidos a caráter como se estivessem vestidos para um real casamento, e não um “simples” noivado, fazendo-a sentir-se arrependida pelo vestido pouco digno, mas mesmo assim, apresentável.
-Isabela ? Meu Deus, é você mesmo ?  -uma moça, que deveria estar na casa dos 50 anos, a cumprimentou, com um sorriso surpreso.
Quem diabos era essa mulher ? Ela não podia perder mais tempo em achar sua irma.
-Nossa, que bom te ver outra vez ! –Isa disse, sorrindo um pouco, mas tentando passar por ela.
-Voce se lembra de mim ? – a mulher pareceu ainda mais surpresa.
-Mas é... claro ! – mentiu outra vez, percebeu que não seria fácil fugir dessa. – como eu poderia esquecer? - A mulher ainda parecia confusa – você foi alguém com uma participação muito...muito... –outra olhada pelo salão- gratificante – sorriu – na minha vida.
A outra riu, como se tivesse ouvido uma piada.
-Mas eu fui a professora do jardim da infância da sua Irma. Só te vi uma vez, no ano que você nasceu, que foi quando sua Irma se formou. – ela riu outra vez.
Essa gafe sim, era digna de palmas. Isa não sabia onde enfiar a cara, então fez o que sempre fazia nas ocasiões confusas, olhou para os lados e começou a rir.
-Isa querida que bom que te... srª Gonzales , que honra revê-la! – sua mãe interrompeu-lhe, para sua alegria.
As duas se comprimentaram, e Isa logo puxou sua mãe, evitando um papo sobre o passado, que acarretaria a curiosidade do paradeiro da noiva.
-Eu já disse, ela não está aqui. –cochichou para a Mãe.
-Recebi uma ligação dela, ela disse que esta vindo. – a mãe respondeu sorrindo.
Era estranho, era nesse momento que sua mãe surtaria, e estaria prestes a meter bronca em Marina, mesmo que fosse na frente de todos.
-Quero que veja uma pessoa, Isa ! – ela a puxou no meio dos convidados.
Pra que tanta animação ? Tudo o que Isa queria agora era um copo d’agua e um pouco de oxigênio.
Num canto mais reservado, sua mãe a deixou e foi para o lado de um garoto.
-lembra-se dele, querida ? – sua mãe disse rindo.
Isa deu uma breve olhada no garoto, e estava pronta para responder “Sinto muito, mas infelizmente não o reconheço” com toda a educação que tinha, para poder sair logo dali, mas então, notou que o reconhecia, de algum lugar.
Da escola, talvez ? Não.. talvez fosse do prédio de sua melhor amiga. Não, ainda não era. Decidiu analisa-lo melhor. Era um garoto não muito alto, de pele morena, lábios carnudos e olhos castanhos que brilhavam na intensidade de uma estrela. Usava um terno que combinava com a cor de seus cabelos, no qual tinha um corte estiloso, arrepiado e curto. Era definitivamente, alguém que podia ser comparado a um príncipe.
Não. Não. Não. E como se tivesse recebido um soco direto no estomago, Isa viu tudo girar.
Ela podia desmaiar, se tivesse espaço suficiente no meio dos convidados, para cair no chão. Precisava se controlar, porque tanto desespero ? Não adiantava esconder, ou negar. Era ele. Era ele mesmo. Alex Ruiz. Seu primeiro amor. Sua primeira decepção. Sua primeira lição de vida. A pessoa que ensinou-a a ser como é, e depois ensinou-a a ser como deveria ser. A pessoa que nem no pesadelo mais remoto pensou que pudesse rever.
Todos os pesadelos que tivera, reunidos durante dezesseis anos, parecia desenho infantil, perto do medo que sentia agora. Ela estava assustada, estava fora de si. Queria sumir, ir para onde nenhuma luz a alcançasse, onde ela nunca mais pudesse vê-lo.
-E então, querida ? – a voz de sua mãe, a trouxe para a realidade de volta.
E tudo parou. Ali estava ela. O  leve som da musica clássica, tocada pela pequena orquestra reunida no canto oeste do cômodo, a fez refrescar a mente, as pessoas pareciam passar mais lentamente por ela. Ela precisava se acalmar.
-Não, sinto muito, mas infelizmente não o reconheço. – Isa disse, com o máximo de educação que pode, olhando para a mãe.
-Como assim filha, vocês são melhores amigos de infância. – a voz desapontada de sua mãe, a fez olhar para Alex, querendo saber qual era sua reação.
Não podia ser pior. Ele sorria. Com todos os reluzentes dentes a mostra.
-E-eu já disse que não lembro. Me desculpe. – apressou-se a dizer. – vou esperar a Marina chegar. – deu uma desculpa, para poder desaparecer.
-A Noiva não está na própria festa ? – a voz dele, calma e sedosa, a fez tremer.
Sua mãe desapareceu outra vez na multidão. Porque abandona-la nessa hora ?
-N-Não é isso, creio que interpretou errado. – Isa disse, olhando-o .
Ele ainda sorria, chegou mais perto dela.
-Não, acho que não interpretei, foi você que deu a entender isso.
Ele estava a provocando ? Ela não podia aceitar isso. Decidiu cortar o assunto
-Interpretou sim Alex, agora se me dá... –parou no meio da frase, assim que o outro a sua frente soltou um a gargalhada.
Não pode ser. Percebeu a burrada que tinha feito. Como podia ter dito o nome dele, se fingiu não se lembrar de nada ?
O garoto se recompôs e sussurrou:
-Eu sabia que você não tinha me esquecido, princesa.
Piscou e saiu desfilando pelo salão.
Isa fechou os olhos e sentiu ser puxada. Na verdade, era suas próprias pernas que a puxava,e  a guiava ate a saída. Era o que ela precisava fazer, sair. E não voltar nunca mais.  Ela precisava acordar, porque é assim que se livra de um pesadelo, acordando dele.
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Notas finais: Mereço comentarios ?